Vale 1T25: Lucro Cai, Ações Oscilam e Seu Bolso Queira Saber
- Jackson Aguiar
- 25 de abr.
- 2 min de leitura

Antes de entrar em detalhes, aqui vai o “twist” do Playerman: a Vale entregou um trimestre digno de jogral – com lucro menor, receita em queda e EBITDA que sofreu um “enxaqueca” de 9%. Mas calma: quem se belisca agora, tenta surfar a próxima onda de commodities e pode acabar sorrindo lá na frente.
Introdução
A Vale registrou lucro líquido de US$ 1,39 bilhão no 1T25, queda de 17% em relação ao mesmo período de 2024 . A receita líquida caiu 4%, atingindo US$ 8,12 bilhões , enquanto o EBITDA ajustado recuou 9%, totalizando US$ 3,12 bilhões .
Principais Destaques
Lucro Líquido: US$ 1,39 bi, -17% a/a
Receita Líquida: US$ 8,12 bi, -4% a/a
EBITDA Ajustado: US$ 3,12 bi, -9% a/a
Custo C1 de Minério de Ferro: US$ 21/t, queda de 11% a/a
Produção de Minério de Ferro: 67,7 Mt, -4,5% a/a
Vendas de Minério de Ferro: 66,1 Mt, +3,6% a/a
Preço Médio do Fines: US$ 90,80/t, -10% a/a
Desempenho Operacional
Minério de Ferro
A chuva torrencial no Norte do Brasil atrapalhou a produção em 4,5%, mas a Vale usou estoques para turbinar as vendas em 3,6% .
Base Metals (Cobre e Níquel)
O segmento de metais básicos brilhou:
Cobre: produção +11% (90,9 kt), vendas +6,6% (81,9 kt)
Níquel: produção +11% (43,9 kt), vendas +17,5% (38,9 kt)
Isso compensou parte da pressão dos preços mais baixos e manteve a Vale com margens razoáveis.
Reação do Mercado
As VALE3 abriram o dia seguinte ao balanço com queda de ~2% no pregão, refletindo cautela diante dos números um pouco “amarrados” . E, sim, sem dividendos extraordinários no radar, apenas o clássico payout regular .
Perspectivas e Recomendações
Demanda Chinesa: o motor do minério segue no olho do furacão; retomada industrial lá poderia ser o “gás” que faltou no 1T .
Valuation: P/L anualizado em torno de 6x — para amantes de yield e quem curte exposição a commodities, ainda faz sentido ficar de olho.
Riscos: mais queda de preços do minério, pressões regulatórias e ambientais podem azedar o clima.
Oportunidades: transição energética (níquel para baterias), possíveis buybacks e contínua queda de custos operacionais.
Playerman Insight: se você é do time “vendi e corri”, cuidado para não sair do estádio antes do gol — a Vale tem pipeline de projetos (VGR1, Capanema) para manter a produção firme e, potencialmente, reverter esse trimestre morno.
Conclusão
O balanço de 24 de abril de 2025 não foi uma festa, mas também não foi o fim do mundo. Lucro e receita em queda mostram desafios, mas o controle de custos e a força dos metais básicos mantêm a Vale na briga.
Dica do Playerman: avalie sua tolerância a volatilidade, posicione um stop loss esperto e considere gradualmente aproveitar a valorização caso os ventos chineses mudem de direção.
Compartilhe se você também acha que minério merece um lugar no seu portfólio (com moderação, claro)!
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