🔥 “15% de Selic” – o troféu que ninguém queria, mas o Copom entregou
- Jackson Aguiar
- há 16 horas
- 2 min de leitura

Hoje, 18 de junho de 2025, o Copom fez o que a maioria já esperava, mas ninguém queria propriamente: subiu a Selic para 15% – o maior patamar desde maio de 2006 . E diga-se de passagem, após seis altas seguidas, essa sétima veio com aquela piscadinha: “Talvez a gente pare por aqui. Ou talvez não” .
🧩 As razões por trás (que não eram só “curtir juros altos”)
Inflação teimosa
IPCA ainda em 5,3–5,5% a.a., distante do alvo de 3% .
Serviços pegando fogo, com inflação subjacente em 6,8% a.a. .
Economia robusta demais
PIB cresceu 1,4% no 1º trimestre e quase 3% nos últimos 12 meses .
Mercado de trabalho firme, o que dá pimenta na inflação.
Expectativas desancoradas
Copom teme que pessoas e empresas caiam no devaneio de que as taxas nunca mais subiriam .
O recado foi claro: “Nem pensem em falar em corte ainda”.
Relax fiscally? Nem pensar
Possível estímulo eleitoral em 2026, com aumento de gastos, deixaria a inflação com mais pedaladas .
🎯 O que 15% significa para quem investe (e se acha esperto)
Poupança – chega junto: Ela deixa de ser lamentável e volta a figurar entre opções atraentes, drenando capital de renda variável.
Renda fixa pirando: Títulos pós-fixados e CDBs viram estrela, mas pura obviedade.
Ações com cara de IBOPE baixo: Empresas de consumo e varejo sentem. Bancos e agronegócio? Ainda conseguem se equilibrar.
Câmbio relaxa: O real fortaleceu ~13% em 2025 graças ao diferencial de juros . Importados ficam mais baratos, o que ajuda alguém.
🕰️ E agora? Vamos parar ou não?
Copom indicou que pode parar (pausa estratégica para ver no que dá) . Mas frisaram também: “Se inflar, a gente aperta de novo”. Ou seja, o dia de glória com juros estável ainda está longe – o próximo COPOM é em 29–30 de julho .
📌 Recomendações para o playerman
Perfil Estratégia
Conservador Olha anima com LFT, CDB pós-fixado, e até algumas debêntures de banco, via Playerman. Moderado/Agressivo A inflação ainda está acima da meta, então aproveita pra calibrar posição em renda variável – mas com stop cravado. Especulativo Acompanha próximo Copom: uma alta extra de 25 bps não tá fora do radar. Liquidez e cash são seus amigos.
💡 Insights fora da curva
Real forte = barateamento de artigo importado: seu jeans italiano pode ficar 5–10% mais em conta.
Mercado imobiliário tenso: menor entrada de depósitos poupança afeta crédito imobiliário .
Timing importa: se Copom decidir pausar em julho, o mercado de ações pode dar leve suspiro.
🤖 Conclusão genial (não lunática)
O Brasil subiu a Selic para 15% para domar uma inflação ainda rebelde, mas sem matar o crescimento. Foi uma jogada que une rigidez e cautela: fechou a torneira dos juros, mas mantém uma torneira de óleo – taca fogo se algo esfriar. Para o público playerman, a missão é clara: passear entre renda fixa e variável com disciplina de ninja, pronto para pivôs repentinos. E lembre-se: no país do “vai e volta” do Copom, quem descansa perde.
Comments