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Como foi a semana do Dólar?


dólar
resumo da semana do dólar

A semana do dólar frente ao real foi marcada por oscilações e influências de fatores internos e externos. Na sexta-feira (14), a moeda norte-americana fechou em queda de 0,23%, cotada a R$ 4,9151, renovando o menor patamar em 10 meses. No entanto, na quinta-feira (13), o dólar havia subido 1,67%, cotado a R$ 4,9262, após a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos acima do esperado.


Com o resultado da sexta-feira, o dólar fechou a semana com uma perda acumulada de 2,82% frente ao real. Já no mês e no ano, tem quedas de 3,04% e 6,88%, respectivamente. Por outro lado, na semana anterior (de 1 a 5 de novembro), o dólar teve o maior ganho semanal desde junho de 2020, quando subiu 5,48%. Naquela semana, a moeda norte-americana avançou 5,45% frente ao real, cotada a R$ 5,0549.


Entre os fatores que influenciaram o comportamento do dólar na semana passada, podemos destacar:


- A divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos, que mostraram uma desaceleração da economia norte-americana, mas talvez não suficiente para impedir que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) eleve novamente a taxa básica de juros do país. O aumento dos juros nos EUA tende a atrair recursos aplicados em países emergentes, como o Brasil, pressionando o câmbio.

- A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, onde se encontrou com o líder chinês Xi Jinping e participou de um fórum econômico. A aproximação entre os dois países pode favorecer o comércio bilateral e aumentar o fluxo de investimentos para o Brasil. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e um dos principais compradores de commodities brasileiras.

- A aprovação pelo Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que prevê um parcelamento dos pagamentos devidos pelo governo a pessoas físicas e jurídicas que venceram disputas judiciais contra a União. A medida visa abrir espaço no Orçamento para o aumento do Bolsa Família e reduzir os riscos fiscais. A PEC ainda precisa ser votada pela Câmara dos Deputados.

- A expectativa pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, que mede a inflação oficial do país. O indicador será divulgado nesta terça-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e deve mostrar uma alta acima de 1% no mês passado. A inflação elevada pode levar o Banco Central a aumentar a taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para os dias 30 de novembro e 1º de dezembro. O aumento da Selic tende a valorizar o real frente ao dólar.


Portanto, podemos resumir que a semana do dólar frente ao real foi volátil e refletiu as incertezas sobre o cenário econômico global e doméstico. O comportamento da moeda norte-americana nas próximas semanas dependerá da evolução dos dados de inflação e atividade nos EUA e no Brasil, das decisões dos bancos centrais sobre os juros e das medidas fiscais adotadas pelo governo brasileiro.


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