Vermelho na Veia? A Polêmica da Nova Camisa 2 da Seleção Brasileira
- Jackson Aguiar
- 28 de abr.
- 3 min de leitura

Em poucas palavras: o rumor de que a segunda camisa da Seleção Brasileira será inusitadamente vermelha — assinada pela Jordan Brand — virou a bola da vez nas redes e até no Congresso, mas ainda carece de confirmação oficial da CBF . Se confirmar, seria a primeira vez que o Brasil abandona o azul e o verde-amarelo para um uniforme “fora da paleta” . Enquanto isso, o estatuto da entidade dificulta a mudança sem aval extra da diretoria e a Nike, fiel ao estilo “sem comentários”, prefere encobrir o lance com silêncio .
Origens do Rumor
A bola da vez surgiu em portais especializados em vazamentos de uniformes, como o site europeu Footy Headlines, que garantiu que a Jordan Brand — subsidiária da Nike — seria responsável pela cor vermelha vibrante do uniforme reserva para a Copa do Mundo de 2026 . Segundo a publicação, as camisas chegam ao mercado em março de 2026, na última janela FIFA antes do Mundial na América do Norte .
Estatuto da CBF e o Jogo das Regras
O artigo 13, inciso III, do estatuto da CBF determina que todos os uniformes oficiais “obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF” (azul, amarelo, verde e branco), salvo exceções comemorativas aprovadas pela Diretoria .
Exceção pontual: em junho de 2023, a Seleção usou uma camisa preta em homenagem a Vinícius Júnior — sim, camisa preta! — com aval especial da diretoria .
No caso do vermelho: não há registro de evento comemorativo que justifique a quebra de tradição, deixando a aprovação na cúpula da CBF como ponto nevrálgico .
Reação: Políticos, Memes e Marcas
Políticos em campo: parlamentares aliados de Jair Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro e o deputado Arthur Maia, reagiram com fogo cerrado nas redes sociais, classificando a “vermelhidão” como afronta à identidade nacional .
Memes ideológicos: o rumor ganhou tom político, sendo associado por parte da web a uma “ofensiva de esquerda” — com montagens do tipo “Neymarx e Stalinsson” ilustrando a virada comunista inspirada pelos debates de 2026 .
Web dividida: enquanto uns celebram a ousadia de modernizar a imagem da Seleção, outros torcem pela “volta ao clássico azulzinho” — cenário que rendeu até enquetes acaloradas em fóruns especializados .
Marcas sem golaço: tanto a CBF quanto a Nike (mãe da Jordan) optaram pelo tradicional “sem comentários”, deixando o torcedor no vácuo .
O Veredito: Verdadeiro ou Fake?
Até o momento, nenhuma confirmação oficial foi dada pela CBF — o que é perfeitamente normal num país onde o “vamos analisar internamente” às vezes leva mais tempo que um jogo com prorrogação . A Nike, por sua vez, reforça que não comenta especulações, abrindo espaço para que a torcida continue especulando — e comprando camisas de colecionador antes mesmo do anúncio oficial .
Conclusão
Se a Seleção realmente vier de vermelho em 2026, vai ser difícil decidir se comemoramos a ousadia ou se lamentamos a quebra de tradição. Enquanto isso, o investidor de plantão pode refletir: vale apostar numa camisa que ainda não existe ou manter o capital aplicado em certezas amarelo-verdes? No frigir dos ovos (ou das chuteiras), a grande final dessa polêmica só acontecerá quando a CBF pisar no peito e registrar o lançamento oficial. Até lá, mantenha o senso crítico afiado e o senso de humor afiado — afinal, se a Seleção vai mudar de cor, a gente ao menos garante umas boas risadas.
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