De acordo com integrantes da Petrobras, o cenário é propício para novas reduções nos preços, principalmente no da gasolina
De acordo com integrantes da Petrobras, o cenário está propício para novas reduções nos preços, principalmente no da gasolina. Embora o acompanhamento dos preços internacionais faça parte do estatuto da empresa, a influência política do governo tem tido impacto na frequência dos reajustes quando benéficos eleitoralmente ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ainda que o mercado internacional e a cotação do dólar estejam pressionando os preços internos, há uma diferença média de R$ 0,20 no preço da gasolina no Brasil em comparação ao preço internacional.
Gás de cozinha
Contudo, a lógica dos preços do gás de cozinha é diferente dos outros combustíveis. Dessa forma, a Petrobras evita repasses muito frequentes por ser a principal produtora e importadora. Anunciada na última segunda-feira (12), a redução no gás de cozinha já era esperada pelo mercado, que acompanhava uma queda mais acentuada dos preços internacionais desde a última semana.
Portanto, a redução foi de 4,7% no preço do GLP. Com isso, o valor médio do gás vendido às distribuidoras teve queda de R$ 4,23 por quilo para R$ 4,03. Assim, o preço médio do botijão de 13 quilos passou a ser R$ 52,34, isto é, uma redução de R$ 2,60, na média.
A última vez que o preço do gás foi rebaixado foi em 9 de abril, quando teve uma redução de R$ 3,27 no valor final do botijão. Além disso, no mesmo mês, o Congresso Nacional aprovou um Projeto de Lei. Possibilitando a redução de tributos sobre o gás sem precisar compensar a perda de arrecadação.
Combustíveis
Por afetar diretamente a população mais pobre e também a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL), o preço do botijão e dos combustíveis está no centro do debate político. Dessa forma, além da redução de impostos, em junho o Congresso aproveitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que decretou estado de emergência para aumentar o benefício.
Assim, através dela, houve a criação de um vale de R$ 1 mil para os caminhoneiros abastecerem seus veículos, além do vale-gás que passou a contemplar 100% do valor do botijão de gás a cada dois meses.