CHINA & EUA: O ARMISTÍCIO DAS TARIFAS (OU COMO O MERCADO PAROU DE SURTAR POR 90 DIAS)
- Jackson Aguiar
- há 1 dia
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Introdução: Quando os gigantes cansam de brincar de guerra econômica
Depois de anos de tarifas, ameaças e tweets passivo-agressivos, finalmente algo inesperado aconteceu: China e EUA decidiram dar um tempo — como aquele casal que percebe que terminar daria mais trabalho do que seguir junto. Acordaram em reduzir temporariamente as tarifas mútuas, e o mercado financeiro, que andava com mais tensão que reunião de condomínio, deu um suspiro coletivo.
O que rolou no acordo?
Os EUA reduziram tarifas de 145% para 30% em média. A China, que não gosta de ficar para trás nem em Jogo da Velha, cortou as suas de 125% para 10%.
Nada de “acordo definitivo”, ok? Isso é só uma trégua de 90 dias, tipo test drive geopolítico.
Foi criado um comitê de acompanhamento para “ajustar os ponteiros” (leia-se: continuar discordando de forma diplomática).
Impacto no mercado: Rali com gosto de alívio
Bolsas em modo F-22 Raptor
S&P 500 subiu quase 3%, com o Nasdaq colado em +3,5% — parecia Black Friday na bolsa.
Na Europa, DAX e FTSE se animaram e avançaram mais de 1,5%. Todo mundo ama um romance sino-americano.
Câmbio e commodities: o baile das moedas
O yuan bateu o maior nível em 6 meses. Até pareceu que ia pedir aumento de salário.
O dólar deu voadora no iene e no franco suíço. Teve moeda suíça tremendo mais que gelatina no Rally.
Petróleo Brent e WTI subiram cerca de 2%, com traders apostando em demanda global mais suave e sem drama tarifário.
E a inflação? Tá viva, só se fingindo de morta
Apesar da trégua, as tarifas médias globais continuam acima de 17%, o maior nível desde o tempo em que se usava paletó para ir ao banco.
O Federal Reserve já sinalizou: não é hora de cortar juros. O risco inflacionário segue firme e forte como aquele tio que insiste em churrasco mesmo com previsão de tempestade.
Setores mais afetados (positivamente ou não)
1. Tecnologia
Ficou menos sufocada com o afrouxamento, especialmente nos semicondutores e eletrônicos. Mas ainda vive com medo de acordar e ver que a trégua foi só um sonho.
2. Agronegócio
Produtores americanos de soja e carne abriram uma cerveja, mas deixaram o churrasco no gelo. A qualquer momento, a China pode virar e comprar tudo do Brasil de novo.
3. Bancos e fusões
O mundo financeiro já está ligando os pontos e vendo uma janela para fusões internacionais. Quem piscar perde.
E agora, Playerman?
3 insights fora da caixa (mas dentro da lógica)
Arbitragem inteligente: Com tarifas ainda altas, os mais espertos já pensam em usar rotas indiretas via Coreia, Vietnã ou quem sabe até Paraguai. Legal? Não muito. Genial? Talvez.
Reputação global em jogo: O mundo está vendo se essa trégua vai além de um “vamos conversar”. Se rolar um acordo real, pode nascer um novo código de conduta econômica entre superpotências.
Jogo de espelhos: Ambos os lados venderam o acordo como vitória. Mas nos bastidores, ninguém quer mais esse jogo de sanções. É teatro. Luxuoso, sim. Mas ainda teatro.
Conclusão: o “relacionamento aberto” entre EUA e China
Por enquanto, o que temos é uma pausa elegante na guerra comercial, com direito a champanhe, tapete vermelho e... cláusulas secretas. O mercado agradece, mas ninguém larga o colete à prova de volatilidade. E você, investidor de sangue frio, faz bem em continuar atento — porque esse romance ainda tem muito plot twist pela frente.
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